Caro Eduardo,
Há muito talento naquelas páginas, que apelam à leitura. Impressionaram-me,
sobretudo, três coisas: o rigor das descrições – lugares e ocorrências – que
as tornam reais e presentes; a caracterização dos personagens -
psicológica, social e histórica – que lhes define o perfil e dá
autenticidade; o ritmo da narrativa, vivo, solto e convincente. Invulgar
numa primeira obra.
Já a escrita, sendo escorreita e fluente, deixa perceber que é o primeiro
livro. Terá faltado, penso eu, aqui e ali, um pouco mais de paciência para
limar certas palavras e domar a prosa – aquilo a que o Baptista-Bastos
costumava chamar “treino de pulso”, ou seja, mais tempo e a experiência de
escrita, mais exercício, mais elaboração.
Sinceros parabéns
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